domingo, 5 de agosto de 2018

Verdades e suas dores

Amamos pessoas que não nos amam igualmente.
Amor não tem medida exata.

Tá.

Consideramos pessoas,
algumas mais que outras.
Às vezes as que mais consideramos consideram mais outras,
às vezess que mais valorizamos valorizam mais outras.

Essas coisas.

Vivemos e tapamos com um pequeno véu ocular tantas verdades,
porque verdades são como uma espada, 
cortam,
ferem,
porém,
são remédio amargo,
ruins,
mas curam,
deixam tudo no lugar,
libertam a vida.

Queremos,
numa busca infantilizada de romantizar a vida,
fingir que a verdade não existe,
fingir que o mal é bom,
que o mentiroso é sincero,
que todo abraço amigo é amigo,
que toda boa palavra traz nela essencialmente o que diz ser.
Tolices humanas.
Essa é uma tentativa de amortizar o sofrimento de uma visão iluminada.
Sim, a Luz revela todas as coisas e às vezes o que é revelado traz estrago,
às vezes faz um pequeno rasgo na alma.

Verdades são aquelas coisas que você sabe sem ninguém ter que te contar,
está lá.
Dentro.
Não precisa de provas.
Precisa de aceitação e coragem de assumir que o remédio é ruim,
mas cura.

Cura tudo.





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