sábado, 28 de julho de 2012

Vamos?

Eu não sei como sucede, mas sucede.
Não sei como as curvas são formadas na estrada da vida,
mas são formadas.
Sinais vão sendo dados na estrada.
Nosso pensar é um dos importantes condutores nessa viagem.

Sim.
O que cremos tem poder em construir ações.
A fé,
a convicção,
a certeza que nasce da fonte interna e diz-nos com audível voz o que virá,
o que poderá acontecer,
materializar,
se crermos nela.

Tal voz,
tal certeza é contrária aos fatos visíveis.
Diz-nos coisas que aos olhos humanos parecem impossíveis.
Diz-nos que é realizável,
afirma que podemos,
que somos potencialmente capazes,
e oferece-nos a opção de tomarmos para nós a verdade interna 
e manisfetá-la externamente.


Muitas vezes tal direção é negligenciada...
Triste, mas muitas vezes a negativa é a escolha.
Mas dado o fato de que somos seres espirituais, 
imateriais, enérgicos...
habitantes de corpos carnais.

Porque não aceitarmos as direções impressas em nossa alma?

Nosso ser interno sabe onde queremos chegar,
o que nos faz bem,
quem queremos por perto,
quais são nossos maiores desejos,
e nos direciona... 

E aí? Vamos?

Forma.

Quero-te de qualquer forma.
Em qualquer dia.
De manhãzinha quero-te perto, 
com braços e abraços quentes,
com grave voz.
À tarde quero-te mais...
Andar dada com tuas mãos pelas ruas gratas por nós,
pelo amor que de nós vai...
À noite quero-te sim...
O barulho da água do chuveiro cair,
a voz cantarolar,
o cheiro a marcar o ar...
No jantar quero ouvir-te..
Quero-te de qualquer forma.
Maturar o que somos juntos, o que somos sós,
o que somos nós.
Mas quero-te amor.
Muito.
Você é minha forma.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sem título.

Tudo acontece no tempo certo,
Inclusive o que não acontece.

Tudo tem sua hora, mesmo que não saibamos 
ou não possamos entender de forma racional.

Mas pode crer:

Tudo acontece na hora certa,
Inclusive o que não acontece.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Você chegar.

Voz trêmula.
Timidez antinatural.

Como fazer para emudecer quem muito tem a falar?

- Você. Você chegar.



Entontece-me!

Tua cor me entontece... envolve.

Sinto a falta de dizer-te coisas tolas,
que nunca disse,
mas que esperam ser ditas... esperam ser vividas...
Gargalhar contigo,
entrelaçar-nos naqueles profundos debates que envolvem o que somos nós...

Quando olha-me nos olhos,
no fugir insensato que tenho ao ver-te assim tão perto...
Será que sabes tu o que o vagar do olhar te diz?

Sim. 
Acho eu que sabes, 
mas contento-me com a proposta que os momentos trazem-me.
Deixo o tempo desenhar a vida que virá... 

Errado?
Sei não.
Sei eu que tu me vês,
eu vejo-o,
e vemos nós,
 em olhos reluzentes,
em passadas atraentes,
vemos nós que podemos ser mais...
Bem mais do que o simples que somos.

Então espero-te no simples contato que ainda está por vir.
Espero-te tê-lo enfim.
E por tudo que vejo... será bom!

Quero ouvir-te falar daquele olhar que deixei ir,
do que vistes e ouvistes de mim...
No caminho que o corpo traçou,
na voz que não soou,
no esperançar.

Quero dizer-te nego: tua cor entontece-me...


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Sem título.

É um turbilhão...
Um vulcão...
É água fervente...

Expectativas e ações...

O isolamento traz nossas vozes, nossas.
Borbulham, 
esquentam, 
gritam, 
inquietam, 
respondem, 
fazem-se o que são 
e silenciam a opinião alheia...

São vozes internas.

Ah... turbilhão nosso de cada dia.
Interno, verdadeiro.

De alguma maneira o intuir já sabe tudo.

Explicável?

Há uma massa enérgica,
que transcende...

Em uma ligação majoritária penetra o incompreensível 
e como fato simples à ela,
exala o que é a verdade.

A verdade nossa.
A verdade interna.
Aquilo que não dizemos e muitas vezes não assumimos.

Ela diz no intuir o que é certo à nós...
E desta forma nos impulsiona na direção dessa verdade.

É isso.







domingo, 15 de julho de 2012

Enquanto ainda amanhece...

Enquanto ainda amanhece há chances de recomeço.


Ainda há tantas possibilidades, 
mas tais possibilidades só existem se há coragem para sê-las.

Há de se deixar o temor,
e mesmo que não seja deixado,
que seja enfrentado,
porque a coragem é o enfrentamento do medo,
que não se esvai,
mas é vencido pela atitude contrária a ele.

Enquanto os dias chegam a nós, ainda há tantos motivos...
Tantos caminhos,
tantas formas,
tanto a experimentar de si e do todo...

Ouça o som do mundo,
do sorriso do outro,
veja as cores das flores,
escute o sonho de uma criança.

Alegre-se com as muitas histórias dos mais velhos,
jogue xadrex com eles, 
damas ou veja um programa de tv no domingo,
perceba quão belo é o abanar do rabo de um cachorro...


Sinta as significâncias...

Enquanto seu sopro de vida aí está,
viva,
não tema,
não reclame,
tudo passa,
tudo resolve...

Admire tudo...
 Enquanto ainda amanhece...



...curiosidades!

O que tens a esconder?


Quando esconde-se ou omite-se, 
causas perguntas que anseiam por respostas...

O que tens que não pode ser visto?

Não te aceitas?
Tens medo?

A aceitação é algo que não deve ser alvo de preocupação... 

Sim, eu sei que o pertencer ao todo está implícito ao nosso inconsciente moldando-nos para o convívio natural socialmente... mas deixe não.
Não esconda-se por nada e por ninguém.

Quanto mais curiosidade mais expectativa...
E expectativas podem ser frustrantes...

Revela-te e segue livre!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Coisas do amor...

Garganta seca.
Palpitação.
Olhos que encontram-se e desencontram-se...
Fogem e querem ir...
Mãos que esperam o entrelaçar.

Imagens mentais,
cenas de amor construídas,
frases que anseiam ser ditas.

Coisas do amor...




quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ê trem baum...

Inteligência é afrodisíaco.
Ter bom humor é curativo.
Olhar nos olhos é conversar com o coração.

Ê trem baum...


Tem dó de nós.

O que você fez?
Começou esse jogo e agora?

Como pode-se parar?

Ah... pessoa!
Há jogos difíceis de jogar.
Lugares que ficamos presos ao entrar.
Laços que nos enlaçam e enlaçam, e enlaçam...

Faz isso não!
Não pode-se brincar com o coração.

Há caixinhas que se formos abrir... ai... o que pode sair?


Ah pessoa...

Tem dó.
Tem dó de nós.

O que você fez hein?
Como pode-se parar?

Quadro negro.

Te escrevo e descrevo...

Romanceio tua imagem incessante em minhas noites.

Tão forte, denso.

Imagem de luta...
Militâncias...
Personas suas...

Vozes múltiplas circundam o olhar que pouco vejo.

Entre textos vai-se tu...

Romanceio tua voz e moldo-te no idealismo incorreto que temos daquilo que de perto não conhecemos, 
mas ainda assim romanceio e torno-o belo.

Ah... beleza tua o sorrir que deste, quando tornas-me a dar?

Te descrevo e escrevo...

Minhas falas a ti estão prontas,
no entanto não pode-se decorar o que a vida irá improvisar...

Meu negro. 
Quadro negro que não ouso pintar tu és...




Meus palcos.

Depois do figurino, maquiagem... 
e novo tudo chega ao meu sentir.

Atrás, nas coxias, mundo belo repleto de entrega, risadas e pluralidade.

Arte boa essa que flui nas veias 
que fazem pulsar gritante o coração.

Digo eu que ficamos mais belos caracterizados... 

Ah... suspiro por esse universo imaginado, 
e não posso ver-me longe dele.

Meus palcos são feitos de rua, 
de madeira, tablados, de todo canto... para toda gente...


Meus palcos, meus amores, sedutores...

Lugares meus.



domingo, 8 de julho de 2012

Enquanto você não vem.

Enquanto você não vem eu cuido de mim.
Adorno-me para teu dia.
Tudo que cresci,
tudo que hoje sou é o melhor para uma nova vida.

Enquanto você não chega
eu penso nas letras que compõem a espera.

Eu curvo as palavras mais belas,
faço poética à ti,
ao que sou ainda sem ti
e ao que serei quando tu estiver.



Enquanto teu calor não pertence-me,
eu sigo o que o intuir propõe,
trilhando caminhos desconhecidos do consciente meu,
que transferem-me ao que o inconsciente deseja enfim,
códigos emocionais estabelecidos assim:

enquanto você não vem...




Meu mundo.

Construirei meu mundo visível através 
do meu olhar interno.

Preciso de coisas que são avaliadas como pequenas, 
mas o tempo revela sua grandiosidade.


Minhas joias não podem ser compradas.

Construirei minha vida com a riqueza dos detalhes que me importam, 
com as cores fortes que amo,
e guardarei potes de felicidade na dispensa do meu coração.

Construirei o que dentro de mim há de forma tênue,
sem estrangeirismo... 

A fidelidade é um sentimento 
que fortalece o viver.
Quem é fiel ao que crê não viola sua essência, não adultera-se.

Construirei meu viver 
e caminharei nas visões estabelecidas pelo meu coração.
Sem opiniões.
Sem mais.
Distante dos valores irreais, baseados na efemeridade, 
na carne, no que não se estabelece...

Sou moradora do meu mundo... 
e visito outros mundos...
 por aí afora.




sábado, 7 de julho de 2012

O bem que é ser do bem.

Seja o sorriso no rosto do outro.
Seja a doce voz que aconselha com verdade presente.
Seja o abraço sem críticas e o colo quente.


Seja O TODO que podes e não detenhas as boas palavras que tens.
Entrega teu melhor e experimenta tu o bem que é ser do bem.


Semeias e colherás!

rompeu-me..

Saudade do nós rompeu-me.
Desato os nós deixados por ti,
e sigo em passos largos e gratos sorrisos, 
porque nunca solidez houve no vivido.
Dos calores sentidos na alma 
e o corpo que por ti exalou o cheiro do bem que um dia causou,
foi-se o sim e o não,
foi-se então,
mesmo a doce impressão sabe que impressão é superfície enganosa.
A fluidez segui-se sem dada permissão,
não há codificação para a claridade que a vida apresenta.
Quem pergunta sabe a resposta,
as coisas vem e vão,
são o que são e não podem ser vestidas de mentira,
parecem doces as palavras mais queridas,
mas as palavras reais são preciosas dádivas à quem preza a integridade na vida.


sexta-feira, 6 de julho de 2012

virá... (do mesmo modo)

Vai chegar a hora, 
e quando vier o que há de vir, 
será preciso, 
exato e incalculável há de ser a felicidade.

Tudo acontece na hora certa, 
inclusive o que não acontece.


O que há de ser há,
virá,
não pode ser parado.

O que não há de ser do mesmo modo...

...da mesma forma.

No círculo das letras e inspirações. 
Da cadência e do pulsar,
da fala e do olhar,
segue assim poética...

Pela casa d'alma põe-se a ser,
deixa livre resplandecer o que há e quer sair,
o que é e o quer vir,
o que não é e nem será...

No caminho da escrita,
vai-se linha e vem linha,
forma-se simples versar,
sem pensar,
só ecoar o sentir,
perpetuar o que não mais tornará a vir,
da mesma forma.

Um salve às letras e sua suprema liberdade... e tudo que nelas há.



Há tanto bem...

Gargalhadas,
olhos vibrantes...

Palavras reais ditas realçam a vida no caminhar.

Gente boa,
comida temperada,
programações cumpridas...

São simples as coisas que fazem bem.
As pessoas também.

E o tempo estabelece os encontros, as idas e vindas.
E quem fica pertence e pronto.
Faz parte do todo e ao mesmo tempo é único, singular.

Há quem a gente goste tanto que até chegamos a nos enganar.
Nem tudo vai e volta... não sentimos igual...

As coisas têm que ser vistas como são e aceitas. Não devemos qualificar as pessoas com qualidades que elas não têm. Não devemos esperar delas o que não têm a oferecer.





Reconhecer os que são afasta os que não são... 
Há tanto bem...

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Comece novamente.

Não acostume-se com o que não te faz feliz.
Não acomode-se com o que não te agrada.
Cale-se, observe, perceba o que está errado e se necessário for: comece de novo.

Não há nada demais em mudar, pelo contrário, as mudanças forçam chegar e estabelecem novas fases que inicialmente podem parecer estranhas, porém posteriormente entendemos que subimos um degrau, crescemos alguns centímetros internos, e tais centímetros fazem as roupas apertarem...

Não acostume-se com o que lhe é imposto.
Não acomode-se em não viver o que anseia.
Olhe como se estivesse do lado de fora de si mesmo,
pense bem, 
entenda suas escolhas,
e se por fim perceber que entrou em ruas erradas, 
ou mesmo cursou atalhos escuros que fizeram-no ir na direção errada: Pare e simplesmente faça o trajeto devido. 
Comece novamente.


Comprometa-se com sua vida e sua felicidade.