Sei lá o que acontece...
Somos estranhos eu acho. Enfim, tenho certeza.
Olhamos as outras pessoas com os olhos das nossas necessidades. Adornamos, qualificamos, colorimos e vivificamos de maneira tal, que pouco percebemos o que elas realmente expõem.
Muitas vezes o percentual que recebemos não se assemelha ao quantitativo que ofertamos.
As pessoas são grandes caixas com enormes surpresas. Na maioria das vezes somos nós que permitimos que essas surpresas tornem-se aterrorizantes e sejam elementos de influência frustrante.
Ninguém consegue se enganar.
Não se pode esconder uma luz embaixo de uma cama, ela com certeza brilhará e se mostrará à todos. Assim são as coisas.
Uns dizem nosso íntimo, outros dizem alma, alguns intuição ou sensibilidade, tantos nomes... eu poderia dividir a seguinte classificação: coração. Essa palavra une todas as outras apesar de ter uma conotação romântica da vida e seus pertinentes sentimentos.
O coração por assim dizer revela-nos direções. Essas inclinações dizem coisas sobre fatos e pessoas.
Essa bendita clarificação é a resposta para a pergunta que ainda nem feita foi.
Costumo pensar que essa voz interior é a direção correta para tudo na vida. Tive muitas experiências com ela. Todas as vezes que a desobedeci, arrependi-me.
Recordo-me de uma vez que estava indo apresentar um projeto teatral em uma instituição e depois iria direto para outra. No meio do caminho, enquanto dirigia senti aquela voz dizendo para que fosse direto para a segunda instituição, mas não dei ouvidos. Argumentei: Não, primeiro vou para essa e depois para aquela. Continuei sentindo que deveria ir em direção contrária, porém não fui. Dirigi calmamente e quando cheguei lá o bendito lugar não existia mais... o que dizer? Meu coração me avisou, A VOZ que afirmo proceder do CÉU >> vejo-a como um toque de Deus<< falou-me com clareza e fui negligente. Gastei álcool. Aprendi.
É, quem não ouve conselho ouve coitado! Provérbio popular besta e certo!
A melhor coisa que podemos sentir é aquela sensação de ter sido fiel a si mesmo de tal maneira que não cabe em nós arrependimento ou medo. A segurança da escolha está plena e viva, tornando-os mais diretivos e ousados.
Devemos acreditar no que somos, no que sentimos, no que cremos. Isso independe do todo, independe do outro, independe do futuro.
Cada um dá conta de si mesmo e só.
Melhor ouvir a direção e seguir. Às vezes o que nos é revelado nos estranha, entristece, muda os rumos, mas com certeza é o melhor para o que o que está por vir venha.
Ouvir essa direção é um presente. Não conhecemos o desconhecido, mas alguém conhece... e nos conta.
Siga e não se engane.
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