quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Meu amor.

Meu amor sorri com a voz.
Observa e quando entrega o abraço,
vem com a quentura do coração saudoso 
e sem palavras faladas.
Beija em silêncio meu ombro,
cheira meu pescoço em um suspirar tão belo.
Reconhece a beleza que de mim
 sai pelo sorriso de quando o vejo...
Nosso sorriso se encontra, 
se encosta, se encaixa.


domingo, 20 de janeiro de 2013

Amor.

E tudo que preciso se resume no amor...


A vida...

A vida pede calma.
Pede tempo.
Pede o inspirar leve da brisa que sopra
 o frescor do renascer presenteado.
A vida pede um novo olhar, minimalista, 
amplo, com a profundidade dos indizíveis desejos,
um olhar pronto à ver,
um olhar pronto à aceitar o que realmente belo é.
A vida pede silêncios e observações,
ações e transformações,
pede o conhecer o que não se é,
pede o praticar o que se profere com os lábios,
pede passagem,
para ir em verdade no caminho destinado a ser.
A vida pede secura e brandura,
pede meditação,
passos largos, breves,
e longas pausas.
A vida pede tempo para que seja,
para que se observe o que não deva ser mais do que é.
Pede um novo medir.

Está onde deve estar? 





quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sobre a felicidade... (1)

Há um momento na vida 
que até a rotina é um acalanto.
O amanhecer juntos.
O dividir a mesa.
O discutir uma notícia.
Comer pipoca queimada.
Reclamar no banheiro que acabou a pasta.
Chega um momento na vida 
que entendemos a importância do todo.
Entendemos que a felicidade está nos detalhes.
Inclusive nos detalhes do outro.


Sobre a felicidade...

As coisas simples me encantam.
A verdade nas vozes.
A sinceridade no olhar.
O abraço saudoso.
As mãos que acarinham as mãos.
O beijo forte da saudade.
A risada compartilhada.
O dividir as questões.
As pessoas simples me cativam.
Seu encantamento é natural e duradouro.
Elas se deixam ser.
Permitem-se.
A felicidade está nas coisas mais simples da vida.




segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Novo tom...

Recomeço.
Novos tons de mim surgem ao amanhecer.
Meço o que se foi 
e lanço fora os fragmentos de dor 
que ainda persistem em fazer-se existir.
Expulso-os.
Abro as portas para o Sim e sigo com Ele.
Agora, não mais igual.
Não mais o mesmo tom.



sábado, 12 de janeiro de 2013

Medo.

E quando corações se encantam, 
se encontram,
se entrosam?
E quando você deseja estar mais e mais perto?
E quando tudo está indo bem 
e o medo vem e trava tudo?
Eta medo bobo!
A vida passa... rápido passa...
E essa capa protetora é para quê?
Proteger-se de viver?

Às vezes somos os próprios 
destruidores do que mais desejamos...


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Palavras.

As palavras libertam quando saem de suas casas.
Quando liberadas de suas prisões.
Quando entregues aos seus destinatários.
As palavras liberam a energia que impulsiona internamente,
liberam as dores que corroem a alma.
As palavras sorriem por suas sílabas faladas,
desosbstruem os caminhos,
abrem passagem.
As palavras são vestidas de coragem,
se assumem,
se revelam,
dizem de si e de tudo que nelas escondidas estão,
através de seus tons,
suas matizes,
seus cadenciados sons...
Elas não querem sufocar,
elas querem ir... livres.



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Só isso.

Em dado momento, 

tudo que se pode comprar faz um extremo bem, 
mas o que não se pode comprar preenche a alma.


E é o que realmente faz falta.

Sim. Eu amo.


Sim. Eu tenho fome de amor.

Sim. Eu amo mãos dadas, entrelaçadas...
Sim. Eu amo o acolhimento de um abraço, 

falar coisas engraçadas, dividir momentos únicos.

Histórias que sempre serão lembradas...
Sim. Eu amo os cheiros. O perfume. 

O cabelo molhado. A buzina soando no portão. 


O riso. O som.

Sim. Eu amo. Eu amo. 
Quem ama sempre vê um mundo bom.

Arpoador - Rio de Janeiro

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Assim.

E nos encontramos assim.
Foi tanto e tão grande.
O simples fato de existir traz o grato
sentido de viver enfim...
Assim,
na inexatidão dos sentidos que somos,
na certeza de que somos tão incertos...
na firmeza da voz que lança sua semente ao coração,
no riso forte e feroz,
na tenra personalidade.
E nos encontramos assim.

Escrito estava nos céus
do peito meu, e teu.

Uma história que não podemos controlar,
vai-se,
escrevendo,
rindo,
doendo,
vai sendo.
E não podemos mais...
ficar... longe... assim.




...

Dilacerado... sangrando.
Ferimento feito de silêncio e sem sentido.
Doloroso trato.
Inato.
Feito de um não doído...
escondido atrás de um sim calado.
Muitas razões,
nenhuma razão para isso.
Um sopro quente no calor ardente...
faz estrago.
E os porquês são inexistentes...
fixados em normas existentes...
E que nada valem.
De nada prestam.
Para nada servem.
Só para confundir, machucar.
Quem inventou convenções pratica?