terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cada um dá o que tem!

É isso.
Cada um dá o que tem.

Fala o que está dentro do coração.
Escreve o que pensa.

Cada um dá o que tem. 
Sem mistério.




Não adianta manter-se na penumbra.
Não há nuvem negra que consiga esconder o que se é.
Não há sorriso, nem olhar.
Não há cena meticulosamente pensada que possa camuflar por tempos e tempos aquilo que há dentro.
Não há nada que impeça de ser revelado à luz da vida todo intento,
nos dias,
no tempo,
nada pode ocultar.

Quem tem paciência exerce. Dá paciência e pronto.
Quem não tem grita, berra, xinga, espragueja.
Não adianta circular entre palavras belas... a vida é muito mais que elas.


Mais que palavras e teorias de uma felicidade comprada,
medida,
regrada,
exibida para a tal sociedade formada assistir como um programa de tv.

Não adianta circular entre poesias,
o que vale são as atitudes declaradas,
elas evidenciam,
fazem conhecer.

Quem tem amor dá amor.
O amor é uma dádiva, e quem não ama a si mesmo não pode amar ninguém.
Não há de valorizar o bem que há no outro, se nem mesmo consegue ver e valorizar o bem que há em si.

Que belo!! Em cada dobra uma história, uma lágrima, uma gostosa risada... 

Amor é a pintura mais bela e viva que coroa a vida.
Enche os olhos de cor, o coração de humor, o corpo de sedenta saudade, a boca de tons brandos e suaves, o pensamento de contruções, projeções.

Quem não tem amor dá desprezo, não tem zelo, desrespeita. Olha o outro e não enxerga a perfeita criação que nele há.
Quem não tem amor não ouve, não valoriza o mínimo, não vê detalhes, não tem real carinho.
Não vê as diferenças como a real pimenta que faltava para temperar...


Não pensa na velhice, na morte, no tempo, nas coisas que também vão passar...

Cada um dá o que tem.

Quem tem palavras fala.
E quem não tem?
Cala, ou diz as maiores tolices e declara o que é em si.

Quem lê expande, quem não lê fica a querer entender quem lê... e porquê...
porque se lê?

Não se pode beber água doce no salgado mar. Há de sofrer ao tentar.
Não se pode beijar de boca fechada. Perde-se o doar-se do ato.
Não pode-se esconder uma lâmpada acesa embaixo da mesa.

Quem tem fé,
quem acredita,
é movido por isso.
Impulsionado e levado a conhecer outros planos em si e no outro...
No mundo, na criação e segurança da espera.
Quem tem fé dá força,
confiança, calmaria, docilidade...
Expressa positividade,
tem necessidade de gerar em si seu sustento interno e de doar um pouco de tudo que crê ser belo para outro ser...

"... porque da abundância do seu coração fala a boca." já dizia o maior sábio que pude conhecer...

Não tem jeito... Cada um dá o que tem!
Olhando assim,
crendo assim,
pode-se enfim observar o que cada um é...

É de assustar...






Nenhum comentário: