Não há receitas prontas!
Não há.
Claro que aprender pelo ouvir é economizar o percurso.
Economiza trabalho.
Mesmo assim, a receita não tem o mesmo efeito para todos.
Os pacientes são diversos, e os sintomas também.
Às vezes parecidos sim,
na essência são muito parecidos,
mas ainda assim diversos...
Lulu Santos diz em sua música: "Para todo mal A cura..."
Sim.
Há respostas para todas as perguntas,
há remédio para todas as aflições da alma,
há cura.
Há verso,
e versificar é belo!
Há prosa,
E quem não gosta dela?
Há amor.
Esse sim é o sabor do esplendular...
Há sapato velho para todo pé descalço ou torto.
Há beijo,
e como beijo há!
Há costela para esquentar...
Há histórias para contar.
Não dá para seguir a receita de outro,
o prontuário é diferente,
mas pode-se analisar.
Há de se pensar em ouvir o médico interno,
o coração,
aquele que rege tudo.
Ele pulsa forte e muitas vezes rápido anunciando algo...
Pulsa forte e largo ansiando algo...
Ele vive a indicar caminhos e a desviar-se de tantos.
Ele é o médico certo para tudo... e todos.
Ele ouve O Sublime,
por isso sabe o que receitar...
Certamente é preciso, no que nós não podemos precisar nem a nós mesmos.
Quando ouvido é certeiro e não falha ao medicar.
A maior receita e essa vale para o bem comum é ouvir.
Ouvir-se seria o melhor por assim dizer.
Deixar o intuir ser.
E por longos momentos calar.
A abundância de palavras muitas vezes pode atrapalhar...
Nada de procurar a receita perfeita para viver a vida...
Se for assim,
deixamos de viver,
de experimentar...
Somos únicos e nosso caminho também.
Não há igual.
É como impressão digital.
Então falando de receitas prontas,
podemos até assim dizer que muitos caminhos devemos observar.
Porém tenho que falar: não seguiremos igual,
não aprenderemos igual,
não seremos quem fomos e muito menos o que foram outros...
Porque nosso metabolismo é outro...
Então resta-nos experienciar nossos próprios remédios,
nossa própria cura!
Nossa receita é Viver.
E pronto!