sábado, 21 de fevereiro de 2015

Vai lá e encara!

A carne estremece toda.

Parece que o coração vai parar.
Sei não o que há.

"Inda" bem que não para!

A mão estremece atoa,
só ouvir a voz,
misto de amar e odiar.

"Inda" bem que não tem arma pra apontar,
e atirar!

E se a boca não fala a palavra que tem,
mata por dentro de doença,
que vai no peito espalhar.

E se o riso encobre o chorar,
dá um aperto,
causa náuseas,
não se pode deixar.

A carne estremece toda.

Melhor dizer o que deve.
Se livrar do que impede.
Apagar o que precisa.
Deixar tudo pra trás.

Melhor fazer e ficar plena,
e viva,
do que deixá-la dominar,
e te matar.

Vai lá e encara!
Vai que dá!



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