Vou montar minha casa.
Tardia?
Não. Vou montar minha casinha...
E de cores fortes hei de enche-la.
Quadros, marcas de tantos risos e momentos...
Tá, quero tudo simples.
Mas de tudo que não caiba no coração eu quero um pouco.
Ai... agora vou montar a minha casa.
Quero um tapete na entrada, não quero peixe,
é o cachorro que tem que latir...
Música constante me fará sorrir,
ver na cozinha os temperos...
Colecionar os potes,
e fazer os belos pratos pra receber...
os raros e tão belos que virão me ver.
Livros, caixas, estantes...
E a poética é o lugar de morar.
Nudez de experiência tal vou levar...
Peça a peça vai entrar... na minha casa.
Meu lugar.
Minha casa terá de mim...
Um bocado da minh'alma...
dos meus sons...
das minhas letras...
Reflexo do meu romance,
enebriante,
Universo amplo meu...
Feito seu.
Pra aconchegar o que já veio...
Pra viver o que de melhor há.
Dentro,
na casa que sou eu,
na casa que hei de estar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário