Divido-me assim...
Pelas letras,
versos e prosas poéticas divido-me.
Transpareço através dos textos,
talvez não vejam-se os subtextos,
mas neles permaneço.
Divido-me através das canções,
através dos pequenos e diversos detalhes.
Divido-me e declaro-me.
Exponho os doces sais de me componho.
Divido-me entre tantos e tão poucos...
Contrução do tempo... As formas, as risadas,
as palavras e as falas.
As curvas em mim,
as pisadas,
as lacunas e as vagas.
Divido-me e deixo resplandecer-me assim.
Talvez para alguns uma codificação impossível...
Mas para outros poucos: Água, clara e rasa,
daquelas que se vê tudo...
Daquelas que nada pode esconder...
Será isso importante nesse mundo de feras?
Nesse lugar de vazio vivido?
Nesse mundo do Ter?
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