sábado, 4 de fevereiro de 2012

Divido-me assim.

Divido-me assim...
Pelas letras,
versos e prosas poéticas divido-me.

Transpareço através dos textos,
talvez não vejam-se os subtextos,
mas neles permaneço.

Divido-me através das canções,
através dos pequenos e diversos detalhes.
Divido-me e declaro-me.
Exponho os doces sais de me componho.

Entre tão poucos estou.
Entrego-me.
Revelo-me.
Sou somente o abstrato à eles.
Sou sensações.
Sou gargalhadas,
fundas e rasas...
Entre tantos e tão poucos sou livre.
Sou o que tenho, sou o que faço.
Nudismo interno é expresso entre eles.
Não há intrusos nesse mundo diverso.
Por isso divido-me entre esses tão poucos loucos.
Em meio a tantos outros...
Divido-me entre tantos e tão poucos...


Contrução do tempo... As formas, as risadas,
as palavras e as falas.
As curvas em mim,
as pisadas,
as lacunas e as vagas.

Divido-me e deixo resplandecer-me assim.
Talvez para alguns uma codificação impossível...
Mas para outros poucos: Água, clara e rasa,
daquelas que se vê tudo...
Daquelas que nada pode esconder...

Será isso importante nesse mundo de feras?
Nesse lugar de vazio vivido?
Nesse mundo do Ter?

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