Donde sai tudo isso?
De que maná surgem as letras, as rimas...
Como compõem a métrica?
Como formam a poética?
Como transparecem a alma?
Donde fluem essas águas?
Essas mansas palavras,
até a trovoada que faz o tempo virar,
girar,
mudar...
Donde vêm?
A alma se entrega a elas,
e formam palavras tão belas,
criam acentuações,
criam mais do que versos,
vão além das prosas,
simplesmente entrelaçam-se e no encontro suspirado
e suave do amor elas nascem.
Mas donde sai tudo isso?
Essas cores desvendando amores vitais,
pulsantes vozes e o silenciar mais povoado de palavras que há?
E essas melodias internas,
essas risadas descompromissadas,
essas imagens que formam o mundo nosso interno,
que povoam nossas histórias,
que romanceiam nosso sim,
que desdobram nosso caos em simples toques angelicais?
Sai tudo isso de dentro,
é um movimento sem fim.
Tem de tudo nesse lugar de magia,
fonte criadora e benigna,
cheia de vida e amor,
regada de poema e cor,
de imagens tão belas,
e sons tão singelos,
de matas e ventos...
São elas, são belas...
O engraçado é que não para de vir,
não para de nascer,
e nasce todo dia em si essa coisa linda que é ser,
nasce e renasce o ser,
renova e renova assim.
Vem mais donde vem tudo isso... vem sim!
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